terça-feira, 28 de junho de 2016

Noites que choram

Quando adormeço...meus olhos choram
no tormento de uma criança assustada
cheia de medo...minhas lágrimas molham
o peito de uma menina mal amada.

O meu destino sempre foi a punição
um remoinho de uma maré alvoraçada
que ao nascer arrancaram o coração
e lá ficou um vazio... cheio de nada.

O eco bate agora bem forte
nas paredes de um buraco negro
induzindo as minhas têmporas para a morte
no sangue em ebulição... meu corpo fervo.

Nem um grito esvoaça da minha alma
de mulher vazia e oca por dentro
pois a dor que dói...a mim me acalma
devagarinho...momento a momento.

Cristina Maria Afonso Ivens Duarte








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