terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Proibir algo é despertar o desejo.

Proibir algo é fechar um coração, andar em contra-mão
é não saber o código da estrada, atropelar o conhecimento
encarcerar, destruir o paladar de cada momento.
Proibir algo é não poder sair à noite, só de dia
é dizer ao pensamento que a escuridão não é boa companhia.
Proibir algo, é não poder maquilhar porque se está a exibir
a provocar, que não se sabe comportar.
Proibir algo é não poder ter cabelo comprido, bem arranjado
saias curtas, corpo bem torneado.
É punição sem crime, austeridade, é cerrar a boca e não
poder  beber o sumo da fruta com o nome de Vida.
Proibir algo é despertar o desejo, acordá-lo, torná-lo maior
é atirar de cabeça sem querer saber o que aconteça.
Depois de acordado, o desejo fica revoltado, esfaqueia
o proibir por o ter encarcerado.
Naquele sangue derramado, fica o desejo aliviado
de poder estar bem com a Vida e ter o sumo aproveitado.


Cristina Ivens Duarte












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