Não mais haverá, creio-o, flores,
Apenas searas que choram,
No próprio dia em que tu fores.
Te guardarei no meu regaço,
Quando chegar esse dia,
Pensar que ao longe eu perdia,
Para sempre o som dos teus passos.
Lembraste da última vez,
As trovas que cantaste para mim?
Puseste em bicos de pés,
As rosas do nosso jardim.
E quando a lua prateava,
Na nossa sombra abraçados,
Até a noite orvalhava,
Como dois olhos molhados.
Tudo ficará como um deserto,
Devaneio, sonho, irrealidade,
Mas, ao longe te sinto tão perto,
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