Ora choras, oras ris de felicidade
no verão, outono ou inverno
o tempo sabe de toda verdade
o quão a tua vida é um inferno.
Ocultas o que de ti tens mais belo
finges ser tudo o que não és...
por vezes o teu sol é amarelo
um azul inconstante como as marés.
Suspiras sonhos como luas
brilhos de luzes fluorescentes
estrelas que não são tuas
desejos com olhos carentes.
Tu és a mudança do tempo
moinho que gira sozinho
que sente a lufada do vento
que chora a perda de um filho.
E ao tempo tu não enganas
o tempo dá conta de ti...
essa felicidade que tu emanas
é tristeza que nunca vi.
Cristina Maria Ivens
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