Na conjuntura do meu dialéto analítico
tenho sentido uma folga nas transmissões
em que o êmbolo corta a libido à minha biela.
O balanceiro,diréciona os meus sentimentos
à cambota e os cardans, quando são desprezados,
queimam o meu díinamo...
Fico com o meu semieixo sem nenhuma tração
e a brecagem do meu infortunado desejo, reduzida..
A minha sensível estrutura, cheia de kilometros...
procura um chassis novo, para por os meus
homocinéticos devaneios e suprimir
os meus rodízios para poder amar ao ralenti..
Na paisagem, a ternura dos campos, mostram-me
um ângulo de convergência, que anula todo o meu
acoplamento, diante de toda a geometria transversal.
O caster, tem uma inclinação do covilhão da manga
que me deixa tetraplégica.
A noite se aproxima e o meu borne de excitação
queima a polie, levando a cordilheira de fluídos
que alimentavam e lubrificavam os meus segmentos.
Cristina Maria Afonso Ivens Duarte