terça-feira, 17 de maio de 2016

Jejum premeditado

Jejuei durante meses para te degustar
cada partícula do teu lindo corpo
com a felicidade de te poder tocar
numa labareda me senti envolto.

Às tantas arderei no nosso leito
com o calor que o teu corpo emana
morrerei encostado ao teu peito
consumido e embebido na tua chama.

Gritarei de prazer e não de dor
as cinzas marcarão o nosso beijo
que o fogo consumiu de tanto amor
extinguindo-se com o fervor do desejo.

Ficaremos em câmara ardente
os mesmos meses de jejum
o nosso amor ficará ciente
de que nós dois seremos um.

Cristina Maria Afonso Ivens Duarte


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