não há pólen na minha pele
pareço a pobreza a pedir esmola
por uma palavra a saber a mel.
Ando perdida da colmeia
perdi o rasto da rainha
se uma aranha me apanha na teia
sou uma abelha na sua cozinha.
Queria tanto ter um favo de mel
para encostar a minha boca
disfarçar o sabor a fel
e beijar até ficar rouca.
Sinto-me tão só e perdida
de palavras a saber a amor
abraços com gosto a canela
e beijos com cheiro a flor.
Queria encontrar uma vespa
que soubesse sonhar comigo
mais vale um amor voador
do que mendigar um amigo.
Cristina Ivens Duarte
Sem comentários:
Enviar um comentário