sábado, 31 de outubro de 2015

Falar de amor

Falar de amor, é estar bem com a vida
há tanta coisa linda que nos move,
olha o sol, as flores, as crianças
até mesmo um dia quando chove.
A alegria de um filho,
quando diz que te ama,
com a inocência de um menino,
no aconchego da tua cama.
E um dia de sol na praia,
com as ondas a bater,
faz lembrar que a vida é bela,
não vivas isto a correr.
Devagar como quem come um gelado,
lambe a vida a cada bocado,
quando acabar começa outro,
nunca penses que é pecado.
Cristina Duarte

Criatividade


Criatividade
Tanto se pode fazer com tão pouco,
mil coisas que nem podes imaginar,
chamam-te parvo ou louco,
nunca te prives de sonhar.

Uma coisa aqui,uma coisa ali,
tudo junto faz um quadro,
agarra tudo o que tens,
o que importa é o significado.
Cristina Duarte

Tem de ser agora

Tem de ser agora
as palavras vão surgindo
escrevo com alma
o coração não vai mentindo.
Ocupo o tempo com poesia
tira-me da raiva, passa o dia
são coisas bonitas de fazer
não é difícil, é instantâneo
assim a noite chega a correr.
Nem sempre as palavras saem
com um coração apertado
sem pressa eu escrevo
para que nada dê errado.
Sinto-me bem, não sei porquê
parece loucura para quem não vê
outras coisas poderia fazer
mas realmente a minha alegria
é escrever..
Poesia banal, do senso comum
de quem faz o que gosta
sente cada palavra
tem a letra composta.
Cristina Duarte

Gémea

Sou gémea de coração e alma
tenho uma flor no meu jardim
não são cravos nem rosas
é um girassol virado para mim.
Bem no fundo das entranhas
sinto tudo o que ela sente
foi Deus que nos fez assim
duas criaturas sempre presentes.

Amores assim só no ventre
nove meses de amor
nasci primeiro, ela depois
não é um coração, são dois.
Eu sou ela, ela é eu
ela é bela, bela como eu
não sou eu, somos nós
um só Deus que reza por nós.


                                                          
                                                            Cristina Duarte

Meu amigo(a)

Encosta-te assim em mim
apenas por um momento
abraça-me assim por um dia
não me tires do pensamento.

Guarda o amor na tua alma
arrepia-te com o meu nome
sente muito a minha falta
que contigo, talvez eu sonhe.

Porque o sonhos comandam a vida
e sem ti não teriam sentido
abraça-me em versos e poesia
faz um laço, oferece-me um livro.

Vou-te ler durante a noite
quando a saudade for imensa
deliciar-me com as palavras
lembrar-me de ti, a tua essência.






Cristina Ivens Duarte

Outono



















Outono
Amanhece mais tarde, anoitece mais cedo,
temperaturas amenas, salpicos apenas,
chão coberto de folhas, árvores despidas,
o verão partiu, são estações da vida.
Mangas curtas se guardam, para a próxima estação,
ficam saudades guardadas,
do nosso querido verão.
Cristina Duarte

Filho











Filho
O teu abraço é o melhor aperto da minha vida
sinto no corpo o amor de uma alma querida.
Beijas sem obrigação a minha face, minha mão
ternura que prevalece, fogueira que aquece
nada mais preenche, que este amor sublime
é um rolar de emoções, é um rolo de um filme.
Cristina Duarte

Um amor diferente


Amei de corpo e alma, até ao dia em que fui Mãe
esse amor levitou, foi para o corpo de alguém.
Um menino encantador ocupou aquele lugar
dei descanso ao outro amor, porque este é invulgar.
É sangue do meu sangue, é carne da minha carne
ainda o sinto no ventre e o meu útero, ainda arde.
O amor e uma cabana, foi história, foi brilho
agora leio na cama, poesia para o meu filho.
O outro amor persiste e espera que eu envelheça
pois sabe que eu fico triste, não quero que o filho cresça.

Cristina Ivens Duarte

Poetisa



















Não sou poetisa, nem escritora
pouco tempo tive para aprender
mas tenho a vida toda
para sonhar em escrever.
Com pontes pela vida fora,lutei a vida inteira
escrevo palavras simples, mas à minha maneira.
Tenho uma página aberta, para quem quiser ler
são poemas feitos na hora,feitos com prazer.
Cristina Duarte



















Flores de todas as cores
perfumam o meu jardim
são presentes que me deste
são fortunas para mim.
Este cheiro de perfume
acalma o meu ciúme
do nosso amor intenso
enche a alma de ternura
com tanto odor a incenso.
Dedicações maravilhosas
com violetas, cravos e rosas
nos olhos de uma mulher
são lindas e graciosas.

Cristina Ivens Duarte



Os passarinhos

















Os passarinhos
Sem casas, cheios de frio
nestes dias de chuva não se ouve um piu piu.
Debaixo das árvores, cobertos por folhas
ficam tristes não há sol,com pingos de água
aonde está o melro e o rouxinol?
Estão escondidos, encolhidos, à espera de o sol raiar
a natureza tem destas coisas, sobreviventes delicados
passarinhos molhados,mas sabem aonde estar.
Com asas brancas e grandiosas, as gaivotas vão para o mar.

Uma questão matemática

O amor é uma questão matemática.
Disciplina difícil de compreender
mas se houver gosto e muita prática
é o amor que vai vencer.


















No meio da dificuldade, descobri o meu talento, dar abrigo à sociedade , que se encontra em desespero.Tenho mãos pequeninas, que gostam de ajudar, são fortunas não é ouro, mas costumam brilhar. 

Cristina Duarte























São corações pequeninos, apertados bem juntinhos
oh, o amor é lindo, bem no escuro e vermelhinhos.
Não são almas perdidas, ambos curam suas feridas
nas tempestades e trovões, palpitam no peito
são bombas poderosas, nas relações amorosas
oh, como pode o amor provocar explosões.
Seus estragos profundos que marcam duas vidas
coroas de espinhos bem afiados, marcas de uma vida
de um amor estragado.
Não há mal que dure, coração que perfure
se forem flores oferecidas, essas sim meu amor,
és o meu salva vidas.
Cristina Duarte

A mulher e as flores




















Se as flores não tivessem cor
tão sombria seria a vida
ficava o olhar da mulher
a chorar pela prenda querida.

Teria-mos de as pintar
com tamanha delicadeza
com a mão de uma mulher
para não caírem em tristeza.
Todas brancas seriam
de cor de rosa salpicava
tanto as mulheres sorriam
de como bela a rosa ficava.
Mulher como és tão bela
quando te juntas a uma flor
fazes brilhar qualquer janela
ficas com os olhos da mesma cor.

De roxo fazia a papoila
de amarelo o malmequer
um ramo de flores
para o dia da mulher.
Cristina Duarte

O meu sonho


















O meu sonho
Entrei num sono profundo, sonhava contigo meu amor
ás portas do paraíso eu estava, à procura de uma flor.
Chamava por ti esperando ouvir o eco da tua voz 
não eras tu que falavas, algo estava entre nós.

Louca pela tua presença, descalcei-me e corri até ao eco
foi um pesadelo para mim, gritar mais alto que um protesto.
Oh Deus, como te vou poder dizer que estou aqui?
Percorri todo o paraíso descalça, nenhuma ideia me veio à cabeça 

de repente a magia se deu e senti a tua linda presença.
Vou deixar uma flor para ti, mas descalça vou ficar
as minhas botas serão jarras, as flores o teu olhar.
Cristina Duarte

Não te amo mais






















Não te amo mais
Marcamos encontro como era hábito acontecer
no mesmo local já estava a anoitecer. Alegre e contente fiquei
pois ia ter com o meu amado.Eufórica, compus-me como uma borboleta, perfumei-me e corri para o nosso esconderijo aonde eu saboreava as delicias e encantos do amor.
Ele foi o primeiro a chegar, devia estar louco para me amar
mas não, com artes e rodeios não me quis beijar..
Oh, o que se passa meu amor, porque me causas tanta dor?
Tive logo um pressentimento fiz do beijo uma história com o meu fraco pensamento.

De costas voltadas disse que já não me amava
senti-me perdida com alma rasgada.

Eu vou-me embora um dia



















Eu vou-me embora um dia

Pois, o amor tem coisas assim
nunca acreditas-te em mim
sempre te disse que um dia faria
pensavas que era tudo poesia.
Dizias que ias mudar
fazeres-me mais feliz
em versos te avisava
o nosso amor está por um triz.
Sempre sonhei alto, com um amor
sem percalços, viver assim não queria
era tamanha covardia, perder tempo
com promessas, fiz-te ver que o amor
era feito devagar, mas tu amavas depressa.
Agora vais aprender a ler, o que dizias
ser poesia, acreditar numa mulher quando
ela diz a gritar!
EU VOU-ME EMBORA UM DIA.

Cristina Duarte

EU

























EU
Amigo do peito, amigo do coração, é aquele amigo que nas horas de aperto, está pronto a dar-te a mão. Palmadinhas nas costas, é só para quem se engasga, não te fies na palavra amigo, pois até o melhor te esmaga. Como posso ser amigo, se apenas me identifico? As tuas palavras são belas, a poesia me encanta, ser amigo é muito mais, ter amigos me espanta. É aquele que vem a correr, quando te vê a sofrer, limpa-te as lágrimas e não te deixa morrer. Em poesia lhe digo, que estou sempre comigo, eu sou a minha companhia, ela é o meu melhor amigo. EU
Cristina Duarte

As castanhas




















As castanhas
Tenho a lareira acesa
as castanhas sobre a mesa
golpeadas com amor.
Assadas vão ficar
com uma pitada de sal
são vendidas na rua
embrulhadas em jornal.
Cozidas também são boas
com erva doce à mistura
é tradição no São Martinho
na minha casa há com fartura.
Assim se comem elas
umas atrás das outras
mesmo de barriga cheia
acho sempre que são poucas.
Sempre depois do jantar
na companhia de uma amiga
nunca pode faltar
a querida jeropiga.
Cristina Duarte

Mãe


















Mãe
não sei aonde estou
o balão que eu enchia estoirou.
Era uma bolha de sabão
cheia de água quente
um ninho perfeito
um coração potente.
Ouvia as tuas musicas
conhecia a tua voz
comia a tua fruta
o meu cordão não tinha nós.
Era só tu e eu
nesta viagem aquática
conversava-mos os dois
eram bolhinhas magicas.
A magia acabou
não tenho água quente
só conheço a tua voz
no meio de tanta gente.
Agora choro com saudades
da minha bolha de sabão
tens de cantar para mim
juntinho do teu coração.
Cristina Duarte

Adeus

Tenho um mundo próprio que é só meu
com pétalas amarelas e glamurosas
que num fechar de olhos e um simples adeus
troco por outras muito mais cheirosas.

Pelo caminho vou percebendo
quem nele realmente me marcou
no seu carácter me vou lambendo
com o seu néctar que escorreu e ficou.

Os que nunca me cobraram nada
estando apenas estar por querer
eu por esses me senti tão amada
que perdi a vontade de morrer.

Outros daria tudo para apagar da mente
apenas com um estalar de dedos
aliviaria o meu coração para sempre
de sobressaltos, tombos e medos.

Algumas coisas valeram a pena
outras vou ter de enterrar
as que ficam, eu beijo apenas
as que morrem, eu deixo voar.

Cristina Ivens Duarte


Os golfinhos















Os golfinhos
Nas profundezas do mar
entre algas e corais
encontrei dois golfinhos
que brincavam com cristais.
Não eram jóias nem diamantes
era musica entre os dois
linguagem misteriosa
dentro dos seus corações.
Naquelas águas salgadas
aonde o amor dura mais
não é platónico é divino
são criaturas reais.
Treinados para brincar
fazem das ondas uma dança
grande bailes no oceano
alegram qualquer criança.
Amores assim só no mar
ilustram que a vida é bela
constroem frases de amor
fazem lembrar a Cinderela.
Cristina Duarte

Fernanda









Fernanda

És amante dos poetas
abres portas e caminhos 
tens vasinhos de flores
construídos num livrinho.
Encantas os mais pequenos
com histórias de passarinhos
fazes sonharem de noite
que és a fada dos dentinhos.
Com trocas e baldrocas
altas engenhocas
proclamas os poetas
nas tuas horas mortas.
O teu vicio é poesia
não mata mas alegria
no sangue correm versos
que a minha alma contagias.
Se um dia não rimares
com as palavras da tua vida
é poesia na mesma
és uma alma sentida.

Cristina Duarte

As marcas do tempo

















As marcas do tempo

Estava sentada à lareira
aquela pobre velhinha
com um lenço à cabeça
naquela velha cozinha.
Aquelas rugas na cara
aquelas marcas do tempo
era a velhinha da chuva
era a velhinha do vento.
Tremia, tremia tanto
que nem podia controlar
era a velha mais doce
que eu queria recordar.
Eu triste ficava
com aquela visão
beijava-lhe a cara
beijava-lhe a mão.
Foi-se deixando cair
sem nada poder fazer
era difícil dormir
ela não queria morrer.
E assim meu Deus
tive a sensação
vi a velha caída
estendida no chão.
Sua pele não brilhava
seus olhos não sorriam
era um corpo morto
sua alma partira.

Cristina Duarte


A vida é uma chávena de café

















A vida é uma chávena de café

Assim começo o dia
a cafeína me transforma
oh, se não fosse o café
qual seria a minha droga.
A droga da vida
que me faz ressacar
acordar todos dias
e em café mergulhar.
Sem marcas de agulhas
nem mortalhas espalhadas
atravesso a vida com café
é o meu trunfo de espadas.
Oh, vida maldita
porque me atormentas
com os teus dissabores?
Nunca te disse mas acredita
tu e o café
são os meus amores.

Cristina Duarte

Beija-me





















Beija-me
Não tardes, por aqui já chove
aqui ainda não meu amor
estou faminto de ti, vem rápido
as nuvens mudaram de cor.
Estou tão perto, quase colado
a ti, é a força do vento
que faz ficar assim.
Coladinhos um ao outro
famintos pelo um beijo
não há tempestade alguma
que afaste o meu desejo.
Cristina Duarte