O sono teima em não chegar,
A noite está prestes a partir,
As costas doem de tanto lutar,
Na cama tentando dormir.
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Fez-me levantar para falar dele,
Do poeta sono que me endoidece,
E eu venho aqui ter com ele,
Tentando ver se ele me adormece.
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O cansaço é extremo, a inspiração já dorme,
Não sei o que digo, nem penso,
Mas vejo o poeta com fome,
Comendo o meu sono sem senso.
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Ralhei com ele, pela sua ousadia,
Ao dizer que me ia ajudar,
Afinal quando já era dia,
Ele ainda estava a manjar.
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Ele tinha a sua fisgada,
O seu mal era mesmo fome,
Tinha a boca do estômago dilatada,
E o poeta do sono já dorme.
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Depois da pança cheia,
Fiquei eu ao Deus dará,
A manhã acordou soalheira,
Corri com o poeta de lá.
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Cristina Ivens Duarte-24/10/2017
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