Voava como um avião de papel,
Tão leve como um pedaço de napa,
Que eu guardara desde longa data,
Enrolado a um fio de cordel.
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Achei-o num dia tristonho,
Amassado parecendo chapa,
Uma noite apareceu no meu sonho,
Caído num bairrinho de lata.
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Ele voara tanto com o passar dos anos,
Como um tufão que provoca danos,
No peito um cordel apertado.
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Ao dormir, por vezes está ao meu lado,
Destemido...ainda me pergunta,
Porque sonho eu acordado?
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Cristina Ivens Duarte-11/07/2017
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