domingo, 10 de abril de 2016
Cinzas
Venho chorar as despedidas,
visitar a tua linda cruz
ao cemitério da minha vida,
no ar sou a tua luz.
Afogaste-te estupidamente,
na revolta e fúria do mar,
desapareceste assim de repente,
sem ter tempo sequer de te amar.
Sem ti não consigo viver,
quero seguir o teu rumo,
não sei como o conseguiste fazer,
com a ideia a ver se me acostumo.
Morrer sempre me assustou,
mas por ti perdia o medo,
o mar o teu corpo levou,
o meu levaria em segredo.
Se as sereias trouxessem o teu corpo,
de volta ao areal cinzento,
eu beijava o nosso amor morto
e metia-me pelo mar a dentro.
Cristina Maria Afonso Ivens Duarte
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