É tão longa a noite, que me inunda,
De um rosa escuro, sentindo-me transportada,
Para uma cor tão linda, tão profunda,
Aonde a dor... não me dói nada.
**
Minha alma alcança a leveza das penas,
E é tão pura a paixão que me afundo,
Na sua graça e macieza ao vê-las,
Tocando na minha nudez por um segundo.
**
A noite sossegada e infinita,
Segreda-me palavras excitantes,
Que as auréolas das minhas rosas tão bonitas,
Brilham nos meus seios circundantes.
**
Com sorrisos, com lágrimas de prece,
E a fé do meu amor ingénuo e norte,
Para toda a vida e, assim que Deus o quisesse,
Amaria as penas, até ao fim da minha morte.
**
Cristina Maria Ivens Duarte-14/02/2017